O caminho é um campo de girassóis, e a construção é réplica da igreja ucraniana da Serra do Tigre (município de Mallet, Paraná), uma das mais antigas do país.
À esquerda, integrado à edificação, está o campanário. Cada dobre dos sinos é a lembrança viva da luta e da fé de um povo, pela justiça e pela liberdade. Simboliza também a integração à nova terra, mantendo a unidade cultural pela prática religiosa.
No interior do museu pode-se fazer idéia, pela exposição permanente, do papel estratégico da Ucrânia na geopolitica do mundo; das circunstâncias que geraram os três movimentos imigratórios maciços para o Brasil,
no final do século XIX e nos dois pós-guerra do século XX; e, principalmente, da riqueza cultural dos ucranianos e seus descendentes, hoje incorporada, em muitos aspectos, ao dia-a-dia da Curitiba plural.
O museu remete à ciência e à paciência das bordadeiras, dos ceramistas e dos entalhadores do antigo Principado de Kiev, coração da atual Ucrânia independente.
Fala da ritualística dos ovos de Páscoa, talismãs de saudação à primavera, proteção contra o fogo e os raios, promessas de colheita e de esperança nas filigramas marcadas, com cera de abelha, nos primeiros ovos da galinha.
Pêssankas que se pintam de arco-íris, nas nuances conseguidas em alquimias seculares, com água de neve derretida e folhas, cascas e raízes.
Cristo, Santa Olga e São Valdomiro reforçam sua eternidade nos ícones e nas cruzes que lembram uma arte legada como herança de pai para filho, repetindo técnicas artesanais que remontam à influência bizantina.
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